4º Enfasud abordou desafios e soluções inovadoras para o setor no Brasil
O 4º Encontro de Fundações de Apoio do Sudeste (Enfasud) reuniu na Escola de Engenharia da UFMG cerca de 400 pessoas do ecossistema de fundações de apoio de vários estados do Brasil .
A equipe da Fundação Christiano Ottoni participou dos dois dias do evento com diversas trocas de experiências, no debate de desafios e na construção de soluções. Com uma programação diversificada, composta por 13 mesas temáticas e 39 palestrantes, o encontro abordou assuntos de interesse geral para gestores e colaboradores das fundações, como conformidade na perspectiva dos financiadores, uso da cota de importação do CNPq, gestão de documentos, transformação digital, comunicação integrada, aplicação da norma reguladora de saúde mental e o marco legal da ciência, tecnologia e inovação.
O presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), professor Antônio Fernando Queiroz, ressaltou que as fundações compartilham o propósito de impulsionar a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico do país. “O Enfasud é um evento regional das instituições vinculadas ao Confies, com o objetivo de promover o compartilhamento de experiências, desafios e soluções inovadoras”, destacou.
Esta edição foi realizada pela Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), em parceria com o Confies.
Ética, ciência e o futuro do Brasil
O ex-ministro da Educação e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Renato Janine Ribeiro, fez a palestra de encerramento do evento , trazendo reflexões sobre o papel da ética na produção científica e a urgência de políticas públicas voltadas à educação, ciência e inclusão social.
Segundo ele, a ética deve estar vinculada à ação. “A ética não pode ser apenas contemplativa. O conhecimento exige responsabilidade, exige pensar o que vamos fazer com aquilo que sabemos”, defendeu. Para Janine, o avanço científico precisa estar comprometido com causas sociais e humanitárias. Ele destacou que a nossa maior conquista hoje não é a energia atômica, mas o aumento da expectativa de vida, impulsionado por descobertas na saúde pública, no saneamento e nas políticas de bem-estar.